Vivemos uma era em que a capacidade de atrair atenção muitas vezes é confundida com a capacidade de liderar. Em tempos de redes sociais, líderes carismáticos ganham palco — mas será que estão realmente no comando? Ou estamos apenas aplaudindo performances?
O carisma é magnético. Seduz, encanta, convence. Mas também pode iludir. Carisma é uma qualidade relacional, emocional, volátil. Já a autoridade é moral, estrutural, duradoura. A confusão entre os dois nasce quando líderes, ou aspirantes a tal, se preocupam mais em parecer do que em servir. Segundo Robert Greenleaf, o verdadeiro líder é antes de tudo um servidor. E servir exige muito mais do que empatia e eloquência — exige caráter, consistência, prudência. Aristóteles chamaria isso de areté: a excelência do ser, não apenas do parecer. A autoridade se constrói por meio de decisões coerentes com valores, pela clareza de propósito e pela firmeza diante do que é certo, mesmo quando isso contraria o aplauso fácil. Carisma sem autoridade é espetáculo. Pode entreter. Pode até inspirar momentaneamente. Mas não sustenta direção, nem forma caráter nos liderados. É como vento forte: movimenta, mas não edifica. Se sua posição exige liderança, não caia na armadilha do carisma vazio. Trabalhe sua autoridade interior. Cultive virtudes, fortaleça seu discernimento, torne-se confiável — mesmo quando ninguém está olhando. A autoridade verdadeira é silenciosa, mas seu impacto ecoa por gerações. 👉 Qual foi o líder mais autoritário (no melhor sentido) que você já conheceu? O que o tornava digno de confiança? Compartilhe nos comentários.
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