Por Ricardo Mallet* Você conhece o best-seller de Stephen R. Covey intitulado Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes? Neste artigo, fazendo uma paródia bem-humorada ao título da obra, listo 7 hábitos dos chefes altamente insuportáveis. Alguns dos desagradáveis hábitos aqui listados eu descobri no meu próprio comportamento como dono de negócio, graças aos feedbacks construtivos que fui recendo da minha equipe. Outros fui conhecendo nas minhas andanças como consultor de empresas e mentor de líderes. Então, veja quais são os 7 hábitos que farão de qualquer pessoa um verdadeiro chefe insuportável. Hábito 1: “Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço.” Chefes altamente insuportáveis costumam exigir dos seus liderados comportamentos que eles mesmos não conseguem demonstrar. Pedem pontualidade, mas atrasam-se para as reuniões. Exigem respeito, porém costumam destratar publicamente seus subordinados sem nenhum pudor. Para esses chefes, “liderar pelo exemplo” é apenas uma frase de efeito que gostam de expor numa placa emoldurada na parede do escritório. Hábito 2: “Porque eu estou mandando!” A autocracia também é marca registrada de muitos chefes insuportáveis. Eles não sabem como inspirar as pessoas à ação. Quando questionados sobre o motivo de uma determinada tarefa, sua única justificativa é “Porque eu estou mandando!”. Chefes assim acreditam que todas as pessoas estão dispostas a dar o melhor de si em troca apenas de um bom salário. Eles desconsideram (ou desconhecem) a importância do propósito como elemento fundamental da motivação intrínseca, condição que leva o ser humano a obter resultados superiores e sustentáveis. Hábito 3: “Deixa que eu faço.” Esse é um hábito que, à primeira vista, pode parecer inofensivo até mesmo aos olhos da equipe. Porém, o chefe do tipo “deixa que eu faço” acaba sabotando a conquista da autonomia dos liderados, mantendo as pessoas eternamente inseguras e dependentes. Esse é um traço característico dos chefes centralizadores, excessivamente controladores e com enorme dificuldade em abrir mão do poder. Hábito 4: “Te vira, mané.” Em contraposição ao “deixa que eu faço” temos o famoso “Te vira, mané.” Alguns chefes altamente insuportáveis têm o péssimo hábito de exigir resultados sem antes garantir que os métodos de trabalho estejam claros, sejam práticos e efetivos. Eles gostam de reter informações e abandonar as pessoas à sua própria sorte. Parece que esses chefes têm algum tipo de prazer sádico ao ver as pessoas se dando mal enquanto poderiam facilitar o alcance das metas para o sucesso de todos. Hábito 5: “A culpa é sua.” Preferir apontar culpados ao invés de buscar as causas mais profundas dos problemas é um hábito dos chefes insuportáveis. Quando as coisas vão mal, eles logo querem encontrar um bode expiatório. Mas, quando vão bem, correm para receber os méritos. Chefes assim formam equipes de baixíssima performance pois são gestores medíocres que não conseguem nem melhorar seus processos nem desenvolver seus liderados. Hábito 6: “Blá blá blá blá blá…” Chefes que só querem falar, mas não ouvem são, sem dúvida alguma, insuportáveis. Gostam de fazer preleções e ser o centro das atenções, acreditando que, enquanto estão falando, as pessoas estão “comprando a sua liderança”. Esses chefes desconhecem um princípio básico da técnica de vendas que diz: “enquanto o cliente está falando, ele está comprando”. Incapazes de ouvir as pessoas, suas necessidades e objeções, acabam agravando ainda mais a situação com sua verborragia sem fim. Hábito 7: “Eu sou o cara!” O pior e mais insuportável hábito que um chefe pode ter é a arrogância. Acreditar que um lugar de destaque no organograma garante por si só o direito de subjugar e desprezar seus subordinados, é a mentalidade que cria condições para que todos os demais hábitos insuportáveis se estabeleçam. A estagnação evolutiva é o único destino possível para esses chefes pois deixam de reconhecer em si a constante necessidade de mudança. “O hábito é aquilo que nos habita.” Gosto dessa definição pois ela me induz à compreensão de que não sou meus hábitos, mas apenas os hospedo. Como se fossem inquilinos que um dia foram aceitos em minha propriedade, meus hábitos também podem ser despejados dando lugar a hóspedes mais convenientes. Por isso, se você lidera ou quer liderar uma equipe e deseja melhorar seus comportamentos como líder, lembre-se que você tem o poder de escolher seus próprios hábitos. Pense nisso! Um grande abraço. PS.: se quiser saber mais sobre como ser um líder efetivo, convido você a se inscrever no meu Treinamento de Liderança Online. * Ricardo Mallet é diretor da Unani.me. Graduado em Gestão Empresarial com extensão em Estilo de Gestão e Liderança pela FGV, consultor e palestrante com 25 anos de experiência no mercado de treinamentos. Certificação internacional em Coaching, Mentoring e Holomentoring® do Sistema ISOR®.
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![]() Hoje estava pensando no quanto algumas religiões, cultos e seitas são eficientes em ajudar as pessoas a mudar certos hábitos nocivos. A técnica consiste em informar ao seguidor que seus comportamentos inadequados são fruto da obra do Demônio e que, para libertar-se, ele precisa ser exorcizado ou negar o Diabo em sua vida. A partir de uma fé profunda do seguidor mais alguns rituais curativos, o indivíduo consegue libertar-se de vícios como o álcool, o jogo, a agressividade contra a família etc. Antes de pedir ajuda para a religião, entretanto, a mesma pessoa acreditava em algo diferente: o inimigo era ele mesmo. E, enquanto acreditava nisso, não se via com forças o suficiente para vencer a si próprio. Agora vem o surpreendente: a partir do momento em que acredita ser o Diabo o seu oponente, reúne forças suficientes para lutar e triunfar. Isso me faz questionar se nós, bem lá no fundo, acreditamos ser mais fortes do que o próprio Diabo! Pense nisso. Bom final de semana. O segundo artigo escolhido para ilustrar a série !pensamentos pictorescos foi “Tudo que vicia começa com c”. É um texto divertido, despretencioso, sem grandes reflexões mas que, no fundo, faz pensar. Essa é a intenção da série que estou compartilhando no youtube: tornar meus artigos mais atrativos. É um desafio cada vez mais presente atrair a atenção das pessoas para o seu conteúdo digital. Abaixo está o vídeo. Enjoy! Recebi agora de meu amigo português Pedro Pena este vídeo fantástico sobre liderança. Depois de um ataque de risos, repasso para meus amigos, clientes e parceiros. Escrito por Ricardo Mallet (não é do Luis Fernando Verissimo, como circula na internet). Os vícios vêm como passageiros, visitam-nos como hóspedes e ficam como amos. Confúcio Há momentos na vida de um ser humano em que ele se vê sem nada realmente interessante pra fazer. Assim, sem companhia, computador ou iPod e com celular fora de serviço, numa viagem de ônibus para Cruz Alta, fui obrigado a me divertir com os meus próprios pensamentos. Por alguma razão que ainda desconheço, minha mente foi tomada por uma ideia um tanto sinistra: vícios. Refleti sobre todos os vícios que corrompem a humanidade. Pensei, pensei e, de repente, um insight: tudo que vicia começa com a letra c! De drogas leves a pesadas, bebidas, comidas ou diversões, percebi que todo vício curiosamente iniciava com cê. Inicialmente, lembrei do cigarro que causa mais dependência que muita droga pesada. Cigarro vicia e começa com a letra c. Depois, lembrei das drogas pesadas: cocaína, crack e maconha. Vale lembrar que maconha é apenas o apelido da cannabis sativa que também começa com cê. Entre as bebidas super populares há a cachaça, a cerveja e o café. Os gaúchos até abrem mão do vício matinal do café mas não deixam de tomar seuchimarrão que também – adivinha – começa com a letra c. Refletindo sobre este padrão, cheguei à resposta da questão que por anos atormentou minha vida: por que a Coca-Cola vicia e a Pepsi não? Tendo fórmulas e sabores praticamente idênticos, deveria haver alguma explicação para este fenômeno. Naquele dia, meu insight finalmente revelara a resposta. É que a Coca tem dois cês no nome enquanto a Pepsi não tem nenhum. Impressionante, hein? E o chocolate? Este dispensa comentários. Vícios alimentares conhecemos aos montes, principalmente daqueles alimentos carregados com sal e açúcar. Sal écloreto de sódio. E o açúcar que vicia é aquele extraído da cana. Algumas músicas também causam dependência. Recentemente, testemunhei a popularização de uma droga musical chamada “créeeeeeu”. Ficou todo o mundo viciadinho, principalmente quando o ritmo atingia a velocidade…cinco. Nesta altura, você pode estar pensando: sexo vicia e não começa com a letrac. Pois você está redondamente enganado. Sexo não tem esta qualidade porque denota simplesmente a conformação orgânica que permite distinguir o homem da mulher. O que vicia é o “ato sexual”, e este é denominado coito. Pois é. Coincidências ou não, tudo que vicia começa com cê. Mas atenção: nem tudo que começa com cê vicia. Se fosse assim, estaríamos salvos pois a humanidade seria viciada em Cultura. * Ricardo Mallet é diretor da Unani.me. Graduado em Gestão Empresarial com extensão em Estilo de Gestão e Liderança pela FGV, consultor e palestrante com 20 anos de experiência no mercado de treinamentos. Certificação internacional em Coaching, Mentoring e Holomentoring® do Sistema ISOR®. |
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