Já aconteceu de você sair de uma conversa com um liderado e, depois, ficar com a sensação de que foi induzido a tomar uma decisão que não queria?
Essa sensação não é rara. No papel de líder, é comum encontrar funcionários que, de forma sutil, utilizam táticas de manipulação para influenciar nossas decisões. O problema é que, quando você é manipulado, seu poder de liderança e de influência é minado. Como resultado, seu papel de líder se fragiliza. Neste artigo, vou apresentar quatro formas usuais de manipulação que funcionários costumam usar e como você pode evitá-las para manter a sua autoridade e liderança intactas. 1. Pobre de Mim: O Jogo da Vítima Esta é uma das formas mais comuns e fáceis de detectar. O colaborador se coloca como vítima, utilizando argumentos que apelam para o seu lado “bonzinho” e compreensivo. Exemplos típicos incluem frases como:
Como evitar: em vez de simplesmente ceder, aproveite para educar. Ajude o colaborador a enfrentar suas dificuldades e não se acomodar. Por exemplo: “Entendo que está difícil, mas vamos juntos pensar em maneiras de atingir essa meta.” 2. Gritaria: O Bate-Boca Aqui, o funcionário usa a agressividade ou um tom mais exaltado para tentar desestabilizar você emocionalmente e, assim, desmoralizá-lo diante dos outros. Começa com uma crítica, que muitas vezes pode até ser justa, mas rapidamente escala para um conflito verbal. O objetivo é desmoralizar o líder publicamente e criar um motim dentro da equipe, colocando-o como “tirano” ou “carrasco” diante dos outros. Como evitar: respire fundo antes de responder. Controle suas emoções e evite elevar o tom de voz. Responda de forma calma e objetiva, mantendo-se no controle da situação. 3. Deixa Comigo: O Jogo da Dependência Essa é uma manipulação mais sutil e difícil de detectar. O funcionário oferece ajuda de forma exagerada, se mostrando sempre disposto a resolver até mesmo questões pessoais do líder. Pode parecer um gesto de boa vontade, mas o objetivo é tornar o líder dependente dele. Exemplo: “Pode deixar que eu passo no shopping e compro o presente para o seu filho, não se preocupe!” Ao aceitar esse tipo de oferta, você vai se enfraquecendo aos poucos e se tornando refém dessa pessoa. Como evitar: defina claramente as responsabilidades e limites. Delegue tarefas que são adequadas ao cargo do colaborador, mas mantenha as suas próprias responsabilidades sob seu controle. 4. Sim, Chefe: O Cinismo Esta é a forma mais sutil de manipulação. O funcionário concorda com tudo que você diz na frente dos outros, mas, na prática, age de acordo com a própria vontade. No momento da conversa, ele não confronta, não questiona e age como um “soldado obediente”. O objetivo é evitar confrontos diretos e se manter “invisível”, mas sem realmente implementar o que foi decidido. Como evitar: seja observador e perceba sinais não verbais, como desinteresse ou um “sim” que soa forçado. Abra espaço para o colaborador expressar suas dúvidas ou discordâncias de forma respeitosa, deixando claro que preferiria a transparência a uma falsa obediência. A Grande Armadilha: O Ego do Líder Essas quatro formas de manipulação têm uma característica em comum: elas exploram os pontos cegos do líder, seja a soberba (como no “pobre de mim” e no “sim, chefe”), a ira (na gritaria) ou a preguiça (no “deixa comigo”). Como líder, é fundamental se manter consciente desses pontos cegos para não ser enganado (ou para não enganar a si mesmo!). Conclusão: Liderar é Educar Essas formas de manipulação fazem parte de jogos psicológicos que os colaboradores aprendem desde cedo. Eles utilizam essas estratégias para alcançar objetivos egoístas ou reforçar suas posições de conforto e imaturidade. O papel do líder é educar. É conduzir a equipe para fora de comportamentos manipuladores e ajudar a desenvolver uma mentalidade de responsabilidade e maturidade. Somente assim você exercerá sua liderança de maneira plena e verdadeira.
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Imagine você dirigindo seu automóvel em um passeio agradável com a família ou amigos, mas, em vez de olhar para a estrada à frente, você dirige olhando pelo retrovisor… Você faria isso?
Por mais absurda que essa ideia possa parecer, é exatamente assim que muitos gestores e donos de negócio têm dirigido suas equipes, causando acidentes fatais na produtividade e na lucratividade. Será que você também tem cometido esse erro, mesmo sem saber? A origem desse equívoco está em um justificado paradigma gerencial. É natural que um gestor seja condicionado a dirigir todos os seus esforços para alcançar metas. A princípio, não há nada errado nisso. Só que focar no resultado do trabalho é olhar para o passado; e quem gerencia olhando somente para o passado acaba adotando uma abordagem reativa, quando não há mais chances para a correção do curso. Isso é como dirigir o negócio olhando pelo retrovisor! E quais são as consequências dessa abordagem? Bem, você vive na correria… Sua rotina se resume nisto: funcionário não entrega no prazo, ou, se entrega no prazo, entrega errado. Gente que rende pouco porque faz corpo mole. Você está sempre correndo atrás do prejuízo. Resumindo: está acelerando ao máximo, mas tem os 4 pneus furados. E se houvesse uma forma de evitar desastres como esses apenas fazendo uma simples mudança de paradigma? Em vez de dirigir olhando para o retrovisor (resultados), você pode ser mais proativo se usar um GP$. Gestão Proativa para $ (resultados), ou GP$, é um instrumento aplicado na prática gerencial que possibilita uma visão do que está acontecendo no MOMENTO DA EXECUÇÃO, quando os resultados ainda estão (ou não) sendo gerados pela equipe. Assim como o GPS em um automóvel, o instrumento da Gestão Proativa (GP$) possibilita uma visão clara do caminho que está sendo trilhado e dá ao gestor a oportunidade de fazer correções de curso para chegar onde realmente deseja, evitando acidentes que comprometam os resultados. Veja outras vantagens da aplicação:
Podemos ajudar você a se livrar da correria e adotar uma gestão proativa para aumentar em 30% o desempenho da sua equipe. Conheça a mentoria para modelagem gerencial neste link > Por Ricardo Mallet*
Uma das reclamações que mais ouço na minha rotina como consultor de empresas é: “Meus funcionários estão desmotivados. Preciso fazer alguma coisa para motivar o pessoal…” Daí vêm aquelas famigeradas reuniões motivacionais com discursos eloquentes, vídeos emocionais, “gritos de guerra” e uma salva de palmas para arrematar. Resultado? Passados alguns dias, tudo volta ao normal. Ou seria ao anormal? O fato é que ninguém motiva ninguém! A motivação é uma escolha pessoal pois cada um é motivado pelos seus próprios valores intrínsecos que, por sinal, são mutáveis ao longo da vida. E como cada indivíduo é diferente dos demais, ações motivacionais genéricas - como festas de confraternização, palestras e premiações - tendem a não ser efetivas em todos os casos. Então o que fazer? Bem, o primeiro passo é conhecer seus funcionários. Essa é uma atividade social que, por mais simples que possa parecer, demanda investimento de tempo e a aplicação de certas habilidades de comunicação. Muito mais do que saber falar, para conhecer seus funcionários é necessário saber ouvir com interesse genuíno suas necessidades. A partir daí, você poderá dar o segundo passo que é criar condições de realização. Uma das práticas bastante utilizadas neste momento é a construção de um PDI (Plano de Desenvolvimento Individual). No Sistema Unani.me de Liderança, o PDI é uma construção do liderado com o apoio do líder e visa alinhar as necessidades individuais com as necessidades da organização. Por exemplo: um funcionário que se sinta motivado pelo seu crescimento na empresa pode construir, em parceria com o líder, um plano de desenvolvimento que o prepare para assumir novos desafios. Já aquele funcionário que se sente motivado por estabilidade pode construir um plano que garanta a consolidação de suas competências nas funções de rotina. Conhecer e valorizar os motivadores intrínsecos dos funcionários dá ao líder o poder de ser um agente facilitador, ao invés de representar aquela presença opressora tantas vezes associadas aos chefes no dia a dia de trabalho. Ninguém motiva ninguém. Mas, apesar da motivação ser uma opção pessoal, um líder efetivo sabe incentivar essa escolha. Pense nisso! Um grande abraço e até a nossa próxima dica. Ps.: e se quiser receber minha ajuda profissional especializada para desenvolver-se como líder, te convido a conhecer meu programa de mentoring online em www.unani.me/mentoring * Ricardo Mallet é diretor da UNANI.ME®. Graduado em Gestão Empresarial com extensão em Estilo de Gestão e Liderança pela FGV, consultor e palestrante com 25 anos de experiência no mercado de treinamentos. Certificação internacional em Coaching, Mentoring e Holomentoring® do Sistema ISOR®. Por Ricardo Mallet*
Você lembra daquele tempo quando bater as metas de vendas dependia exclusivamente do seu trabalho como vendedor? Bons tempos aqueles... Mas aí você assumiu a gerência e as coisas complicaram. Agora, o seu sucesso passou a depender da competência de OUTRAS PESSOAS e isso, meu amigo, é dor de cabeça garantida! De fato, o grau de complexidade envolvido no gerenciamento de uma equipe faz a arte da venda parecer brincadeira de criança. Mas, apesar dessa aparente complexidade, para desenvolver uma equipe altamente competente você só precisa observar duas variáveis. Acredite: DUAS variáveis! Não seria ótimo conhecer essas variáveis pra simplificar hoje mesmo a sua rotina gerencial? Neste artigo, eu vou te dar uma ajudinha substancial que, além de facilitar a sua vida, vai melhorar o desempenho e os resultados da sua equipe. Antes, porém, preciso deixar claro que não se trata de nenhum “truque ninja”. O que vamos ver tem fundamentação em estudos de liderança já experimentados e comprovados cientificamente. Vamos então começar compreendendo um conceito elementar. Competência = saber e querer fazer Todo gestor sonha em ter liderados competentes mas, nem sempre, tem muito claro o que isso quer dizer. Uma pessoa é considerada competente quando ela SABE e QUER fazer uma determinada tarefa. Portanto, estas são as duas variáveis consideradas numa avaliação de desempenho: sabe fazer e quer fazer. A primeira variável (sabe fazer) diz respeito aos conhecimentos e habilidades aplicados à tarefa. Por exemplo: no caso de um vendedor, o quanto ele conhece e domina as etapas do processo de vendas como abordagem, levantamento de necessidades, oferta de soluções, contorno de objeções e fechamento da venda. A segunda variável (quer fazer) diz respeito às atitudes aplicadas à tarefa. Por exemplo: no caso de um vendedor, o quanto ele demonstra vontade e autoconfiança para cumprir as etapas do processo de vendas. Dessas duas variáveis, resultam quatro situações: 1. O liderado não sabe e não quer fazer. 2. O liderado não sabe mas quer fazer. 3. O liderado sabe mas não quer fazer. 4. O liderado sabe e quer fazer. A grande sacada é que, quando você consegue identificar qual a situação do liderado na tarefa (ou numa etapa da tarefa), você saberá exatamente o que fazer para melhorar/sustentar o seu desempenho. Veja a seguir uma descrição das quatro situações e como reagir especificamente em cada uma delas. Quando o liderado: 1. Não sabe e não quer fazer = eduque e treine Este é o caso do liderado iniciante, com pouco ou sem treinamento. Por exemplo: um vendedor que não domina o sistema de cadastro de clientes e frequentemente “esquece” de preencher os dados. Como reagir: mostre a importância da tarefa. Ensine o liderado como fazer para que ele se sinta mais engajado e autoconfiante. 2. Não sabe mas quer fazer = corrija e treine Este é o caso do liderado chamado “burro com iniciativa”. Por exemplo: um vendedor que não conhece a política de descontos da empresa mas quer negociar com os clientes. Como reagir: informe ao liderado que sua inciativa sem ter conhecimentos pode trazer problemas para o negócio. Ofereça treinamento para que ele agregue, à sua motivação, os conhecimentos e habilidades necessários à correta execução da tarefa. 3. Sabe mas não quer fazer = dê feedback corretivo Este é o caso do liderado descomprometido. Por exemplo: um vendedor que conhece os horários de trabalho mas chega atrasado recorrentemente. Como reagir: converse (em separado) com o liderado para levantar os motivos da sua negligência e, uma vez comprovada a sua responsabilidade, faça-o assumir o compromisso com uma mudança de comportamento. 4. Sabe e quer fazer = dê feedback de incentivo Este é o caso do liderado competente. Por exemplo: um vendedor que demonstra habilidade e disciplina ao seguir a técnica de levantamento de necessidades. Como reagir: elogie o comportamento do liderado incentivando-o a sustentar seu alto desempenho. Viu só como é simples? Memorize como reagir a essas 4 situações e você saberá exatamente o que fazer para melhorar e sustentar o desempenho da sua equipe. E se quiser aprofundar estes ou outros conhecimentos em liderança, convido você a se inscrever no meu Treinamento de Liderança Online. * Ricardo Mallet é diretor da UNANI.ME®. Graduado em Gestão Empresarial com extensão em Estilo de Gestão e Liderança pela FGV, consultor e palestrante com 25 anos de experiência no mercado de treinamentos. Certificação internacional em Coaching, Mentoring e Holomentoring® do Sistema ISOR®. Por Ricardo Mallet*
Se há uma coisa que irrita qualquer gestor é ter que passar o dia todo apagando incêndios. Problemas com funcionários atrasados, clientes insatisfeitos, erros nas entregas... a lista não acaba. De fato, resolver problemas faz parte da rotina de qualquer gerente. Mas quando os problemas tornam-se crônicos acabam criando um verdadeiro inferno que sufoca e consome a vida de qualquer um. Se você se vê hoje nessa situação, talvez esteja até descrente da possibilidade de uma saída. Mas acredite: a saída existe e é relativamente simples. Porém... pode não ser fácil pois exigirá de você uma pequena mudança de mindset e uma certa disciplina para adotar duas rotinas gerenciais. Não seria fantástico poder apagar 80% dos incêndios do dia antes mesmo das 8h30? Imagine quanto tempo extra você teria para colocar seu foco naquilo que realmente importa! Confesso que a forma como aprendi essa lição não foi nada agradável. Certa vez, uma funcionária que trabalhava na área de cobrança da minha empresa decidiu, por conta própria, alterar o cronograma de envio do relatório ao banco para a geração dos boletos de cobrança. Este “pequeno erro” acabou ocasionando uma cadeia de eventos desastrosos que culminou no envio indevido de protestos aos nossos clientes. Não preciso nem descrever quanto tempo perdi apaziguando as feras e correndo aos cartórios para retirar os protestos registrados. Isso sem falar do prejuízo financeiro com o qual a empresa teve que arcar. Tendo pago um alto preço financeiro e emocional, e após ter perdido muitas horas preciosas da minha vida, aprendi aquela clássica lição que a vovó tanto ensinava: é melhor prevenir que remediar. De reativo a proativo Essa foi a mudança de mindset que o problema me fez enfrentar. Mudar do modo reativo para o modo proativo significa adotar uma mentalidade preventiva, preferindo atuar nas causas dos problemas ao invés de esperar a casa pegar fogo pra procurar um extintor. Fique atento a esta mudança de mindset principalmente se você for do tipo de gerente que só aparece quando as coisas dão errado com aquele desejo ardente de encontrar um culpado. Pode ser que, mesmo inconscientemente, você se sinta mais atraído pelo ato de reclamar do que pela resolução definitiva dos problemas. A melhor forma de consolidar uma mudança de mindset é por meio da adoção de novos hábitos. Vamos conhecer agora as duas rotinas gerenciais que vão te ajudar a ter um dia menos estressante e mais produtivo. Duas rotinas gerenciais proativas Rotina 1: Observe o trabalho no front Se você gerencia uma equipe comercial, por exemplo, poderá acompanhar o processo de vendas no front. Enquanto observa o trabalho de cada liderado, responda a estas duas perguntas:
Ao responder a primeira pergunta (sabe fazer?), seu objetivo é descobrir possíveis falhas técnicas nos pontos críticos do processo de vendas. Por exemplo: na etapa do levantamento de necessidades, o vendedor não está fazendo as perguntas de maneira adequada, perdendo a chance de encontrar as verdadeiras motivações para a compra. Ao responder a segunda pergunta (está fazendo?), seu objetivo é descobrir possíveis comportamentos negligentes do liderado. Por exemplo: o vendedor que, mesmo sabendo da importância de anotar os dados completos do cliente, frequentemente “se esquece”. Anote todos os problemas observados para poder neutralizá-los na próxima rotina. Rotina 2: Reúna o time e neutralize as causas Os problemas observados durante a sua estada no front representam riscos de “incêndios” na sua área. Você precisa neutralizá-los antes que causem maiores prejuízos como reclamações de clientes, vendas perdidas etc. Preferencialmente no início da sua rotina de trabalho, reúna seu time para orientar e corrigir as falhas e/ou negligências percebidas. Assim, antes mesmo das 8h30, você já terá evitado a ocorrência de muitos problemas que roubariam o seu tempo durante o dia. Na reunião, proceda da seguinte forma:
Com esse mindset proativo associado à adoção das duas rotinas gerenciais sugeridas, você estará evitando que ao menos 80% dos problemas crônicos se repitam. E se quiser ter uma gestão ainda mais proativa, convido você a se inscrever no meu Treinamento de Liderança Online. Desejo sucesso. Um grande abraço. * Ricardo Mallet é diretor da UNANI.ME®. Graduado em Gestão Empresarial com extensão em Estilo de Gestão e Liderança pela FGV, consultor e palestrante com 25 anos de experiência no mercado de treinamentos. Certificação internacional em Coaching, Mentoring e Holomentoring® do Sistema ISOR®. Por Ricardo Mallet*
Delegar sem se preocupar: um “sonho de consumo” de qualquer gestor. Afinal, quem não valoriza poder contar com pessoas altamente responsáveis e dispostas a resolver qualquer problema? Mas se você gerencia uma equipe em qualquer lugar do mundo sabe muito bem que esse sonho não é nada fácil de se realizar. Você sai da empresa achando que tudo vai ser resolvido e quando volta descobre que os problemas só aumentaram na sua ausência. Algumas tarefas ficaram atrasadas, outras foram executadas com desleixo ou até esquecidas. O sonho virou pesadelo! Depois de ter passado por algumas experiências mal sucedidas tentando delegar tarefas, possivelmente você tenha até perdido as esperanças. Mas, calma: o sonho não acabou… Existem alguns princípios que você deve observar pra realmente delegar sem se preocupar. Neste artigo, eu vou explicar estes princípios que vão te ajudar a sair da empresa sem ter que ficar com “um pé atrás”. Não confunda delegar com “delargar” O primeiro ponto que precisamos observar é que delegar é um estilo de liderança e, conforme preconiza a teoria da Liderança Situacional de Paul Hersey e Kenneth Blanchard, este estilo só pode ser utilizando quando o liderado apresenta alta maturidade na tarefa. Isso significa que ele deve não apenas saber fazer como também querer fazer aquilo que lhe é delegado. Delegar tarefas para quem não demonstra alta competência e alto comprometimento não é delegar e sim “delargar”. Você está literalmente largando um problema nas mãos de alguém que não vai conseguir (ou querer) resolver. E é por isso que, em muitas circunstâncias, os gestores encontram mais problemas ao voltar para a empresa do que haviam antes da saída. Pra você saber como evitar essas surpresas desagradáveis, escrevi uma lista de perguntas e respostas que frequentemente surgem nos nossos treinamentos de liderança. Como saber o momento certo de delegar? Resposta: a melhor forma de ter essa certeza é avaliando o histórico de desempenho do liderado na tarefa que você deseja delegar. Ele tem demonstrado alta competência? Ele tem demonstrado alto comprometimento? Caso sim, delegue. O liderado é muito competente nas suas funções. Posso delegar outras tarefas? Resposta: observe que de nada adianta ele ser um verdadeiro mestre em todas as demais tarefas da sua função. Ele precisa demonstrar capacidade e compromisso na execução da tarefa específica que você quer delegar. E se eu não tiver certeza se o liderado está preparado e disposto para assumir uma responsabilidade? Resposta: bem, neste caso, é preciso primeiramente acompanhar seu desempenho para poder delegar sem se preocupar. Resumo dos princípios da delegação:
Delegar é um recurso incrível que proporciona ao gestor mais tempo para planejar melhorias e inovar seus processos. Por isso eu sugiro a você sempre procurar oportunidades para delegar tarefas a sua equipe. Entretanto, aqui vai um alerta: delegar não é sinônimo de abandonar o liderado e sim de observar e monitorar seu desempenho. O que você delega é a tarefa, jamais a responsabilidade pelo resultado final. Então, pronto para delegar sem se preocupar? Se quiser saber mais sobre como causar impacto no desempenho da sua equipe, convido você a se inscrever no meu Treinamento de Liderança Online. Desejo sucesso! * Ricardo Mallet é diretor da UNANI.ME. Graduado em Gestão Empresarial com extensão em Estilo de Gestão e Liderança pela FGV, consultor e palestrante com 25 anos de experiência no mercado de treinamentos. Certificação internacional em Coaching, Mentoring e Holomentoring® do Sistema ISOR®. Por Ricardo Mallet* Será que pra ser um líder reconhecido, você precisa viver cercado de bajuladores? Neste artigo, você vai compreender porque deve se livrar de vez dos puxa-sacos. Uma das grandes armadilhas que muitos líderes desavisados acabam caindo é permitir que os puxa-sacos se estabeleçam à sua volta. Esses líderes pensam assim: “Bem, um pouco de mimo não vai me fazer mal. Aliás, quem sabe até ajude a criar uma certa aura de nobreza em torno da minha pessoa…” Mas o que esses líderes não sabem é que essa ingênua permissividade pode cobrar um preço muito caro. Na medida em que você se cerca desses liderados que te mimam, eles não apenas vão te proteger mas também bloquear a sua visão do mundo real. Esse fenômeno ficou bem conhecido na famosa história do Príncipe Siddhartha Gautama, o chamado Buddha. Siddhartha era um príncipe que vivia protegido no seu palácio, vivendo uma vida de conforto, mas sem conhecer a verdadeira miséria da existência humana. Certo dia, ao sair do seu palácio, o jovem príncipe descobriu o mundo que havia além dos limites dos muros e viu, pela primeira vez, a doença, a velhice e a morte. Ao tomar contato com a realidade nua e crua, o seu choque foi tão grande que ele decidiu abandonar todo o conforto que o cercava para buscar a libertação existencial por meio das práticas ascéticas. E o resto é história… Você, como líder, precisa estar ciente se as pessoas que o cercam estão agindo como muros que te bloqueiam ou como pontes que te conectam à realidade. Os puxa-sacos agem como muros, concordando com tudo o que você diz, mesmo quando você está claramente equivocado nas suas avaliações e decisões. Eles afastam você da realidade na qual se insere o seu negócio. Livre-se dos puxa-sacos. Um líder que se cerca de bajuladores é facilmente manipulado e induzido à estagnação. Desejo sucesso! Um grande abraço. Se quiser saber mais sobre como ser um líder reconhecido, convido você a se inscrever no meu Treinamento de Liderança Online. * Ricardo Mallet é diretor da Unani.me. Graduado em Gestão Empresarial com extensão em Estilo de Gestão e Liderança pela FGV, consultor e palestrante com 25 anos de experiência no mercado de treinamentos. Certificação internacional em Coaching, Mentoring e Holomentoring® do Sistema ISOR® Por Ricardo Mallet* Você sabe qual é o principal motivo das dores de cabeça e das noites mal dormidas de um gestor? De longe, a reclamação que mais escuto nas sessões de mentoria com diretores e gerentes de empresas de todos os portes é que seus subordinados não trabalham comprometidos com os resultados. A portas fechadas, eles me revelam: “Não sei por que, mas não consigo fazer com que minha equipe faça o que deve ser feito…” Você gerencia pessoas e também se identifica com essa situação? Então, vou revelar para você o que costumo dizer aos meus mentorados já na primeira sessão para que eles iniciem uma jornada que vai alavancar o desempenho e a produtividade das suas equipes. O primeiro passo para ter funcionários realmente comprometidos com os resultados é você ser comprometido com a sua liderança. Ok! Eu sei que isso parece muito conceitual e vago. Então, vou clarificar o significado dessa primeira orientação. Ser comprometido com a sua liderança significa reconhecer que, para ser um líder consistente, é preciso ter muito estudo e treinamento. É preciso compreender que liderar exige o desenvolvimento de competências sofisticadas e específicas, e de pouco (ou nada) adianta ter boa vontade para ser um excelente líder se você não conhece e domina essas competências na prática. Competências como estabelecer metas engajadoras, determinar métodos efetivos, colocar as pessoas certas no lugar certo, treinar eficazmente, demonstrar interesse pelo andamento do trabalho e dar feedback corretivo ou de incentivo, são atividades de rotina de qualquer líder que demandam uma imensa variedade de conhecimentos, habilidades e atitudes. Porém, infelizmente, a grande maioria dos gestores subestima a complexidade dessas atividades e supõe que basta ocupar um lugar no organograma da empresa para que, magicamente, passem a dominar a arte de liderar. Eles se apóiam em frases como: “Ah, mas eu sempre comunico as metas para a minha equipe…” Então, quando eu faço meu trabalho de consultoria e investigo os principais motivos das metas não serem alcançadas, descubro por exemplo que as pessoas nem ao menos lembram seus objetivos prioritários, ou simplesmente não acreditam ser possível alcançá-los. Ou seja, os gestores acreditam que comunicaram as metas competentemente enquanto, na realidade, não o fizeram. E essa inconsistência na execução é uma falha que se replica em todas as demais competências da liderança. A arrogância é uma armadilha nefasta que pode solapar o desenvolvimento de qualquer líder. Não é à toa que passamos por uma forte crise de liderança nas empresas, nas famílias e até mesmo no governo do nosso país. Por isso, meu convite para você - gestor que encara com seriedade sua função de liderar pessoas - é que faça uma autoavaliação honesta sobre a qualidade da sua atual formação técnica e conceitual em liderança. Na sua trajetória profissional, quantas horas você já se dedicou estudando a ciência e praticando a arte de liderar pessoas? Se a sua resposta for algo próximo ou superior a 5.000 horas, parabéns! Você pode considerar-se um profissional comprometido com o sucesso do seu negócio e consciente dos seus desafios como líder. Porém, se nos seus cálculos esse número não passa nem dos 3 dígitos, talvez seja a hora de encarar uma importante mudança de atitude. O comprometimento da sua equipe com os resultados começa com o seu comprometimento em ser um líder consistente. Pense nisso. Desejo muito sucesso! PS.: se quiser desenvolver seu poder de liderança, conheça o meu serviço de mentoria online para líderes. * Ricardo Mallet é diretor da Unani.me. Graduado em Gestão Empresarial com extensão em Estilo de Gestão e Liderança pela FGV, consultor e palestrante com 25 anos de experiência no mercado de treinamentos. Certificação internacional em Coaching, Mentoring e Holomentoring® do Sistema ISOR® Por Ricardo Mallet*
Um gestor estava a caminho da empresa quando, ao parar num semáforo, foi surpreendido por uma vendedora de rua. “Hoje o dia vai ser longo e o senhor vai precisar de energia extra. Eu tenho a solução aqui por apenas R$ 2!” disse a vendedora de chocolates, uma garota humilde de uns 20 anos. Muito mais do que a impactante frase usada na abordagem, foi a inegável energia transmitida pelo tom de voz e expressão facial da menina que fez o gestor abrir a carteira. Era nítido que ela fazia aquela venda como se fosse a obra prima de toda a sua vida. Mas, de fato, aquela seria apenas uma dentre as centenas de abordagens que ela faria somente naquele dia! Após um breve momento de encantamento, surge na mente do gestor um pensamento que carrega um profundo sentimento de desgosto: “Por que minha equipe não trabalha com esse entusiasmo?” Apesar de receberem um salário 5 vezes maior do que aquele que a vendedora de rua conseguiria alcançar trabalhando de sol a sol, 9 dentre os seus 10 funcionários trabalhavam com baixo engajamento** e aparentemente faziam apenas o mínimo necessário para não serem demitidos. Naquele momento, o gestor ainda não tinha a resposta. Mas a questão nunca saiu da sua cabeça: porque algumas pessoas, mesmo ganhando pouco, trabalham com tanto entusiasmo enquanto outras, ganhando muito mais, não gostam do seu trabalho? Se você gerencia uma equipe, possivelmente já deve ter se perguntado isso algumas dezenas de vezes. E se o meu artigo conseguiu atrair a sua atenção até aqui, você vai finalmente descobrir a resposta. O principal motivo que leva uma pessoa a gostar do seu trabalho é a aderência entre as suas tarefas (desafios) e os seus talentos (perfil). Segundo pesquisas realizadas pela Gallup com mais de 2 milhões de funcionários, pessoas que têm a oportunidade de fazer todos os dias no trabalho o que fazem de melhor são 6 vezes mais propensas a estarem engajadas. Uma unidade de negócio cujos funcionários vivem essa situação é 44% mais propensa a ter clientes satisfeitos, tem 50% mais probabilidade de ter baixa rotatividade de funcionários e 38% mais probabilidade de ser altamente produtiva. Se esses dados parecem um pouco exagerados, basta lembrar que muitas pessoas trabalham até de graça quando se sentem identificadas com aquilo que fazem. Algumas nem chamam isso de trabalho e sim de hobby, passatempo ou mesmo diversão. Talvez você prefira acreditar que a sua área ou a sua empresa não oferece um trabalho tão motivante quanto vender chocolates no semáforo, mas isso não é verdade. Qualquer área de uma empresa, mesmo aquelas que exigem trabalhos considerados por alguns como “enfadonhos”, pode oferecer oportunidades de realização para determinados perfis de funcionários. Mas para isso, você deve dominar e colocar em prática estes 3 passos: 1º Descubra o perfil atitudinal dos seus funcionários Não se iluda com o currículo. Uma pessoa pode ter sólida formação e experiência numa área, mas isso não garante que ela vai se realizar trabalhando com isso. O que realmente conta é se o seu perfil atitudinal tem a ver com as tarefas que ela desempenhará no seu dia a dia. Apesar desse conhecimento ser um tanto sofisticado e fundamentado na neurociência, existem ferramentas que podem trazer essa informação pra você de forma simples e acessível. Temos ensinado com muito sucesso essas técnicas para os nossos clientes em treinamentos tanto presenciais quanto online. 2º Coloque as pessoas certas no lugar certo Não basta conhecer o perfil atitudinal dos funcionários e continuar desperdiçando seus talentos em funções inaderentes. Quem tem talento para vender, vende. Quem tem talento para administrar, administra. O ideal é que pelo menos 80% das tarefas que uma pessoa vai desempenhar na sua rotina tenha aderência com o seu perfil. E essa também é uma informação que você pode obter por meio de instrumentos simples e acessíveis. 3º Invista nos pontos fortes e minimize o dano causado pelos pontos fracos Ninguém é 100% aderente a todas as tarefas de uma função. Sempre haverá aquele relatório que o vendedor não gosta de preencher ou aquela reunião com o cliente durante a qual um profissional mais introspectivo vai se sentir desconfortável. Existem muitas situações na rotina de qualquer profissional que o leva a desempenhar tarefas que estão fora da sua zona de conforto. Como líder, você deve reforçar ainda mais os pontos fortes do profissional garantindo que ele tenha muitas oportunidades de usar seus talentos na rotina. E, quando surgirem as poucas tarefas nas quais o seu perfil é inaderente, você deve minimizar o dano através de educação e treinamento. Para cada um desses passos existem métodos que você pode aprender e aplicar imediatamente. É claro que a aderência entre tarefas e talentos não é o único fator que leva as pessoas a se motivarem no trabalho. Entretanto, esse é um fundamento da liderança que, uma vez posto em prática, traz resultados surpreendentes e sustentáveis, porque as pessoas se realizam quando têm a oportunidade de fazer, todos os dias, o que fazem de melhor. E não importa se isso significa planejar uma missão tripulada a Marte ou vender chocolates no semáforo. Se quiser saber mais sobre como colocar as pessoas certas no lugar certo, convido você a se inscrever no meu Treinamento de Liderança Online. ** Dado real revelado pela pesquisa de engajamento Q12 da Gallup. * Ricardo Mallet é diretor da Unani.me. Graduado em Gestão Empresarial com extensão em Estilo de Gestão e Liderança pela FGV, consultor e palestrante com 25 anos de experiência no mercado de treinamentos. Certificação internacional em Coaching, Mentoring e Holomentoring® do Sistema ISOR® Por Ricardo Mallet*
O ano que passou foi um atropelo para grande parte dos gestores. Sobre isso não há dúvidas. Mas, apesar dos pesares, você decidiu manter uma atitude positiva e iniciar o novo ano com o pé direito, fazendo o seu plano de gestão para 2017. Ótimo! Agora, a grande questão é: será que, desta vez, seus objetivos gerenciais vão mesmo se realizar? Talvez você ainda não saiba, mas no planejamento gerencial existem algumas armadilhas ocultas. Elas são como uma poça lamacenta que te mantém atolado, atrasam seus resultados e frustram seus esforços, causando muita angústia e ansiedade. E se, ao invés de ficar patinando por mais um ano, você iniciasse 2017 com o pé direto nos seus objetivos? (Sim. Você leu corretamente “pé DIRETO nos seus objetivos”) Quando o assunto é planejar, não precisamos reinventar a roda. As duas ações gerenciais inevitáveis e imprescindíveis do planejamento são: estabelecer metas e determinar métodos. Porém, é nas entrelinhas destas ações que surgem as piores armadilhas. Na hora de planejar suas ações gerenciais, fique atento para não ficar atolado nos seguintes pontos: Cada um com os seus problemas A primeira armadilha gerencial que você pode evitar é acreditar que todos sabem o que deve ser feito. Você ficaria chocado ao descobrir a quantidade de funcionários que trabalham sem ter metas claras ou saber suas prioridades de rotina. Nas empresas, 67% dos funcionários não sabem o que se espera deles no trabalho. Em alguns casos, isso acontece simplesmente porque o gerente não informou as metas para a equipe. Mas, noutros casos, as pessoas desconhecem as metas porque elas realmente não existem! As metas nada mais são do que os problemas que a sua área ou a sua empresa precisa resolver para contribuir com a satisfação das partes interessadas. Procure esses problemas e você vai identificar suas metas gerenciais. Mas como encontrar esses problemas? Bem, um problema é um resultado indesejável de um processo. Por exemplo: se você gerencia a área de vendas, um resultado indesejável do seu processo é vender pouco. Ou se você gerencia a área de produção, alguns problemas indesejáveis do seu processo são a baixa produtividade e o alto desperdício de materiais. Como uma meta é um problema, e um problema é um resultado indesejável de um processo, as metas estão sempre nos fins e nunca nos meios. Pense: quais são as finalidades da sua área? É aí que você vai encontrar as suas metas gerenciais. Estabelecer as metas e comunica-las à sua equipe é a ação mais fundamental do seu planejamento para 2017. Sem isso, seus objetivos para o ano não se realizarão. Tome cuidado com as boas intenções Eventualmente, nos treinamentos, eu pergunto aos participantes se eles têm alguma meta na vida. Daí eu costumo receber respostas como: “Ah, tenho sim! Eu quero conquistar a independência financeira” ou “Eu quero ser reconhecido como um profissional de sucesso” e ainda “Minha meta agora é emagrecer”. Pois bem, apesar desses objetivos serem todos dignos e importantes, eles não são, de fato, metas! Eles são apenas... boas intenções. E onde está a diferença? A diferença entre ter uma meta e ter apenas uma boa intenção está no conteúdo que compõe o enunciado. Então, pra você evitar também essa armadilha, o enunciado da sua meta precisa conter estes 3 componentes: objetivo, valor e prazo. O objetivo é o problema a ser resolvido; o valor é o número e a métrica que definem o alcance do objetivo; e o prazo é a data limite para o alcance do objetivo ou a recorrência em que deve ser alcançado. Por exemplo: vender 200 notebooks por mês. Sua equipe precisa ter mais do que apenas boas intenções. Quantas boas intenções de início de ano resultam em nada por falta de objetividade, direção e compromisso? Como diz uma célebre frase de Karl Marx: “O caminho do inferno está pavimentado de boas intenções”. Prepare-se para a jornada E por falar em caminho, vale lembrar que, além do estabelecimento das metas, o planejamento demanda a determinação dos métodos. Método é uma palavra que se originou do grego e é a soma das palavras Meta e Hodós. Meta significa “resultado a ser atingido” e Hodós significa “caminho”. Portanto, o método pode ser entendido como o “caminho para a meta” ou “o caminho para o resultado”. O método é também o plano da viagem que nos leva da situação atual pra situação desejada, onde o problema é resolvido. E nessa jornada nós teremos algum tipo de custo, seja um custo financeiro, de trabalho ou de tempo. Assim, uma das grandes armadilhas do planejamento gerencial que você poderá evitar é querer iniciar a jornada, mas sem estar preparado para bancar os custos envolvidos. Elaborei uma lista de verificação, como se fosse um checklist de viagem, para ajudar você a preparar-se melhor para a jornada e realizar seus objetivos gerenciais em 2017.
É claro que estabelecer as metas e determinar os métodos não é garantia alguma de sucesso. Porém, sem um planejamento estruturado, suas chances de fracasso são colossais. Aproveite este momento em que um novo ciclo se inicia para planejar em profundidade suas ações gerenciais. Desejo que você comece o ano novo com o pé DIRETO nos seus objetivos. Muito sucesso em 2017! Se quiser saber mais sobre como planejar sua gestão, convido você a se inscrever no meu Treinamento de Liderança Online. * Ricardo Mallet é diretor da Unani.me. Graduado em Gestão Empresarial com extensão em Estilo de Gestão e Liderança pela FGV, consultor e palestrante com 25 anos de experiência no mercado de treinamentos. Certificação internacional em Coaching, Mentoring e Holomentoring® do Sistema ISOR®. Por Ricardo Mallet * Uma equipe nivelada por cima é aquela em que as pessoas se sentem impelidas a melhorar seus resultados dia após dia. Bacana, não é? Mas é claro que não é nada fácil formar uma equipe assim. Como eu costumo dizer, o comprometimento dos liderados com os resultados é suscetível à força da gravidade: se o líder não empurrar pra cima, a tendência é cair. Na ausência de uma liderança que valorize o comprometimento, as pessoas se desmotivam e concluem que não vale a pena fazer um esforço adicional. E mais: num ambiente onde o desinteresse impera, os esforçados acabam sendo rejeitados e excluídos pelos demais. E como nós somos seres gregários, adivinha o que os esforçados farão? Sim! Nivelarão seu desempenho por baixo para serem aceitos pelo grupo. Se você não quer ver seus resultados ameaçados pela "força de atração da terra", então nivele sua equipe por cima colocando em prática esta estratégia em 5 passos. 1º Estabeleça objetivos e critérios claros O primeiro passo para nivelar sua equipe por cima é clarificar o que você considera um alto desempenho. Para isso, estabeleça os resultados esperados do trabalho de cada um (metas) e - muito importante - os caminhos que considera válidos para os liderados chegarem lá (métodos). Um erro comum é considerar apenas o resultado e não avaliar os meios que o liderado está utilizando. Esta falha pode abrir brechas para que alguns espertalhões tenham comportamentos antiéticos com colegas e clientes, tudo em nome do "bom resultado". Conflitos improdutivos inevitavelmente ocorrerão. Tome cuidado! 2º Coloque as pessoas certas no lugar certo Segundo uma pesquisa do Gallup, 80% dos talentos são desperdiçados nas empresas. Isso ocorre porque os líderes não estão treinados para identificar as competências das pessoas. Se você quer nivelar sua equipe por cima, descubra os pontos fortes dos seus liderados e delegue tarefas que possibilitem reforçar suas aptidões naturais até a excelência. 3º Treine, treine e treine Na minha prática como consultor eu vi empresas que queriam aumentar seu faturamento em vendas, porém não providenciavam treinamento para os vendedores. Infelizmente, este é um erro mais comum do que se pode imaginar. Se você quer que seu time vença o campeonato, nos meses que antecedem os jogos, não ocupe a rotina com trivialidades. Treine, treine e treine! 4º Acompanhe de perto Você quer que as pessoas deem o seu melhor, certo? Então, dê também o seu melhor! É a famosa lei da reciprocidade. Demonstre interesse pelas pessoas e pelo seu trabalho que elas responderão com um trabalho interessado e de qualidade. Este é o momento ideal para corrigir desvios, elogiar os acertos e ouvir ideias que possam otimizar o trabalho. 5º Recompense quem faz Este é, sem dúvida, o ponto mais determinante para nivelar sua equipe por cima. Todo liderado que entrega resultados além do esperado merece uma justa recompensa. Essa recompensa pode ser ou não de caráter financeiro. Por exemplo: promoção, oportunidade de desenvolvimento profissional/pessoal, bônus especial etc. Você deve explicitar qual recompensa está sendo dada e os critérios (já previamente aceitos por todos) utilizados na sua avaliação. E se surgir inveja? Bem, este sentimento é algo que você pode (e deve) administrar rapidamente, lembrando aos liderados que todos podem ser recompensados, basta fazerem por merecer. Não é um modelo excludente onde somente um vence e sim um sistema meritocrático onde todos que superam seus limites ganham. Cinco passos podem até parecer pouco se levarmos em conta a enorme ambição de formar uma equipe de alto desempenho. Mas não se engane: essa estratégia demandará a aplicação de muitos conhecimentos e habilidades em liderança. Afinal, para vencer a força da gravidade é necessária uma pequena dose de ciência somada a um grande volume de trabalho. E aqui fica a minha provocação final: você está disposto a nivelar a SUA LIDERANÇA por cima? Conheça o Sistema Unani.me e desenvolva o seu poder de liderança. * Ricardo Mallet é diretor da Unani.me. Graduado em Gestão Empresarial com extensão em Estilo de Gestão e Liderança pela FGV, consultor e palestrante com 25 anos de experiência no mercado de treinamentos. Certificação internacional em Coaching, Mentoring e Holomentoring® do Sistema ISOR®. Segundo estudos da McKinsey e Company, em uma empresa típica, menos de 20% das equipes apresentam alta performance. Mas são elas as responsáveis por 47% dos resultados. Imagine que ganho as empresas teriam se tivessem mais times com essa sinergia. Seja um líder diferenciado! Aumente a performance do trabalho em equipe. Para alcançar isso, a metodologia LD indica a observação de 4 imperativos, os 4 Is. 1. Integridade - assegure que todos estejam conscientes e engajados para o propósito comum. 2. Integração - coloque as pessoas certas no lugar certo para que a união de esforços individuais gere um resultado coletivo superior. 3. Interação - garanta que o aprendizado de um seja partilhado por todos. 4. Inovação - incentive seu time a ver cada dificuldade como oportunidade de crescimento. Assim, você desenvolverá uma equipe de alta performance que, comprovadamente, produz resultados extraordinários. Faça isso. Lidere AGORA! Por Ricardo Mallet* Ferreira era um profissional dedicado. Levava a sério seu trabalho e sempre fez questão que as coisas fossem executadas da melhor forma possível, sem erros, precisas. Seu evidente comprometimento com a qualidade não demorou a gerar ótimos resultados em sua área e Ferreira passou a lograr de um grande respeito por parte da diretoria. Apesar da dedicação excessiva, sobrava tempo até para tomar uma cervejinha com os colegas no final do expediente. Tudo ia bem. Alto comprometimento = alta produtividade = metas alcançadas. E a empresa cresceu. Agora, para dar conta da demanda, foram contratados mais três colaboradores para trabalhar na mesma área de produção do Ferreira. Três novatos precisando de treinamento e supervisão. Adivinha quem foi promovido para liderar esse povo? Ferreira, é claro! Afinal, ninguém era mais competente e comprometido. Juntamente com um aumento de salário, ele recebeu um tapinha nas costas e três bocas para alimentar. Ferreira assume a responsabilidade e, como é sua característica, passa a exigir e cobrar perfeição em todas as etapas da produção. Preciosista, impaciente e intolerante ao erro, acredita que ninguém conseguiria fazer melhor do que ele. Sua grande competência técnica, antes vantajosa, representa agora uma enorme armadilha. Ferreira experimenta verdadeiras dificuldades para educar e treinar sua equipe e não consegue compreender porque seus liderados não executam com a mesma maestria que ele sempre valorizou. Dentre os três, apenas Gomes demonstrava alta competência e comprometimento com a qualidade. Mesmo assim, o resultado médio da equipe não era suficiente. Baixo comprometimento = baixa produtividade = metas não alcançadas. Adeus cervejinha no final do expediente. Ferreira passou a se ocupar com “pepinos”, “incêndios” e recorrentes relatórios de produção. O que aconteceu? A empresa perdeu um excelente técnico e ganhou um líder em apuros. Ferreira não brilhava mais aos olhos da diretoria. Era um problema, uma pedra no sapato. Os resultados de sua área eram pífios e a empresa precisou cortar custos. Adivinha o que vem a seguir? Juntamente com uma carta de demissão, Ferreira recebeu uma caixa de papelão para levar seus pertences e a incumbência de indicar um novo supervisor. Gomes era certamente a melhor opção. Afinal, era o mais competente da equipe. Num ato final de comprometimento e dignidade, Ferreira despede-se de Gomes com um incentivo: “Parabéns! Você é líder. Agora, se vira...” Esta é uma história baseada em fatos reais. Qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência. Enquanto as empresas não aprenderem a selecionar e treinar seus próprios líderes, talentos serão desperdiçados e resultados comprometidos. Apesar da competência técnica ser importante para um líder eficaz, a liderança exige o desempenho de outras competências; e isso só se alcança com seleção criteriosa, educação e treinamento, não apenas com um aumento de salário. Será que na sua empresa essa história se repete? Se quiser saber mais sobre como ser um líder efetivo, conheça nosso serviço de mentoring para líderes. * Ricardo Mallet é diretor da Unani.me. Graduado em Gestão Empresarial com extensão em Estilo de Gestão e Liderança pela FGV, consultor e palestrante com 20 anos de experiência no mercado de treinamentos. Certificação internacional em Coaching, Mentoring e Holomentoring® do Sistema ISOR®. Por Ricardo Mallet * O cenário atual no mundo dos negócios tem colocado grande responsabilidade nas mãos dos líderes ao exigir a formação de equipes compostas por gerações, culturas e nacionalidades tão distintas. Somado a isso, objetivos audaciosos e prazos cada vez mais curtos para a conclusão dos projetos tornam imensamente complexa a tarefa de integrar e alinhar o capital humano que precisa, mais do que nunca, trabalhar de forma sinérgica. Neste artigo, vamos conhecer e analisar os principais desafios que o gestor deve enfrentar e vencer para desenvolver uma equipe, e os conceitos e técnicas que dão suporte à liderança quando exercida em grupos de trabalho. No livro O gerente minuto desenvolve equipes de alto desempenho, BLANCHARD, CAREW e PARISI-CAREW (1995, p.17) estimam que 50 a 90% do tempo da maioria dos gerentes é empregado em algum tipo de atividade de grupo com duas ou mais pessoas. Mas será que os gestores estão capacitados para atuar nessas situações? A formação e a liderança de equipes de trabalho passa, inevitavelmente, por períodos turbulentos repletos de incertezas e conflitos. O descontrole resultante do processo faz com que o gestor, muitas vezes despreparado para lidar com variáveis subjetivas, tenha grande dificuldade para integrar as pessoas e desenvolver a maturidade do grupo. Para avançarmos nesse tema tão importante, vamos, primeiramente, compreender a distinção entre os termos “grupo” e “equipe”. Grupo é diferente de equipe. O grupo tem objetivos, por vezes divergentes, onde cada um se preocupa com o seu próprio alvo. A equipe, ao contrário, trabalha por uma causa maior: um projeto coletivo. A equipe reconhece as contribuições individuais e vibra com o resultado total. (GRAMIGNA, 2002, p. 122) Fica claro, portanto, que liderar uma equipe significa promover tanto a maturidade dos seus integrantes quanto das relações de poder entre os mesmos. Nesse sentido, o líder precisará enfrentar e vencer dois desafios fundamentais que fazem parte do processo de desenvolvimento dos grupos de trabalho:
Desafio 1: empoderar os liderados para assumirem a autogestão “Você nunca, jamais terá uma equipe empoderada e autodirigida, a não ser que o gerente esteja disposto a compartilhar o controle.” (BLANCHARD; CAREW; PARISI-CAREW, 1995, p. 97) Você imaginaria ver um treinador entrando em campo para fazer o trabalho do seu time? A mentalidade - tão comum entre alguns perfis de gestores - do “deixa que eu faço” ou “quem manda melhor faz” é, assim, altamente perniciosa para a construção de equipes empoderadas e autogeridas. De fato, quanto mais o líder assume as responsabilidades devidas aos liderados, menos responsáveis eles serão. Como responsabilidade e poder formam uma díade inseparável, ao exigir a primeira é obrigação do líder oferecer a segunda. Uma equipe empoderada é mais rápida sem perder sua eficácia. Toma decisões assertivas dispensando, na maioria dos casos, a opinião e a aprovação do líder. Mas como construir uma equipe assim? O empoderamento e a autogestão numa equipe não ocorrem como resultado de um ato isolado. Eles são as consequências de esforços contínuos do líder em conduzir seu grupo através de quatro estágios de desenvolvimento - comuns a praticamente todos os grupos de trabalho - conforme modelo proposto por BLANCHARD, CAREW e PARISI-CAREW (1995, p. 70). Vejamos quais são eles. Os 4 estágios de desenvolvimento de grupos
Desafio 2: garantir que o grupo evolua do conflito para a sinergia. Segundo SOUZA (2010, p. 124), o conflito surge quando há um “desacordo resultante de informações e preferências pessoais diferentes” enquanto a sinergia é quando “o resultado do grupo é melhor do que os resultados individuais”. Percebemos, portanto, que a sinergia é o verdadeiro modus operandi de uma equipe pois proporciona resultados que não podem ser alcançados individualmente. Mas como fomentar a sinergia em uma equipe? A partir de experiências com jogos cooperativos, BROTTO (1997, p. 59) elenca alguns fatores que facilitam o desempenho dos grupos de trabalho. São eles: clareza de objetivos; solidariedade; confiança e respeito mútuo; comunicação aberta; cooperação; “parar para pensar”; criatividade; liderança de todos; paciência. Tendo como base os fatores elencados por Brotto e a experiência pessoal em liderar grupos, sintetizamos oito conceitos práticos que o líder deverá observar para conduzir o grupo do conflito para a sinergia. Os 8 conceitos (8Cs) para fomentar a sinergia nas equipes: C1. Consciência C2. Comunicação C3. Cooperação C4. Coordenação C5. Convergência C6. Confiança C7. Companheirismo C8. Criatividade Vamos, agora, conhecer cada um desses conceitos e como o líder deverá agir para desenvolvê-los. C1. Consciência
CONCLUSÃO Como vimos, a liderança em uma equipe exige conhecimentos, habilidades e atitudes para lidar, principalmente, com o subjetivo. Visões, crenças, valores e sentimentos individuais criam uma miscelânea que é, ao mesmo tempo, importante e crítica para o funcionamento do grupo. Nessa situação, o líder deve desenvolver a maturidade dos liderados para que, juntos, assumam sua autogestão e, ao mesmo tempo, administrar os conflitos levando o grupo ao funcionamento sinérgico. Identificar o estágio de desenvolvimento da equipe e aplicar o estilo de liderança compatível é a técnica que visa induzir uma resposta comportamental em direção à maturidade. A aplicação dos oito conceitos propostos, através do comportamento do líder, são táticas que visam a administração do conflito em busca da sinergia da equipe. Acreditamos que o conhecimento e a prática desses conceitos proporcionarão uma competência bastante elevada ao gestor que deseja desenvolver e liderar uma equipe de alto desempenho. * Ricardo Mallet é diretor da Unani.me. Graduado em Gestão Empresarial com extensão em Estilo de Gestão e Liderança pela FGV, consultor e palestrante com 20 anos de experiência no mercado de treinamentos. Certificação internacional em Coaching, Mentoring e Holomentoring® do Sistema ISOR®. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BLANCHARD, Kenneth; CAREW, Donald; PARISI-CAREW, Eunice. O gerente minuto desenvolve equipes de alto desempenho. Rio de Janeiro: Record, 1995. BROTTO, Fábio Otuzi. Jogos cooperativos: se o importante é competir, o fundamental é cooperar! Santos: Projeto Cooperação, 1997. GRAMIGNA, Maria Rita. Modelo de Competências e Gestão dos Talentos. São Paulo: Makron Books, 2002. SOUZA, Celso de Souza e. Manual do Líder Diferenciado (versão 10.1). Blumenau: 2010. |